sábado, 28 de fevereiro de 2009

Quem tem mãe não tem madrasta

Faço porque não passo,
caço.
Mato porque não corro,
morro.
E se não fosse um estouro,
estocada a dar-se em touro,
espadada em porco mouro,
usaria algo de couro,
ou ouro.
Tudo, porém, me afasta...
Ignorasse eu a nefasta
casta que me desgasta,
me daria um belo basta.
Quem tem mãe não tem madrasta!
Basta, amigos.
Hasta.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Menos 15 quilos depois

Este é o meu tempo atual. Menos 15 quilos depois. Algo como antes e depois de Cristo. Meu marco zero foi os 90 quilos, peso soberbo, estúpido para uma pessoa de apenas 1,73m de estatura. Hoje peso 75. E caindo...
Esse emagrecimento, que se deu em pouco mais de três meses, e foi, portanto, bastante perceptível, até mesmo para mim, me fez refletir sobre o que escrevo aqui agora.
Quando pensei em emagrecer, queria, como querem todos, mais saúde, uma estética melhor e, no meu caso, que trabalho no vídeo, mais oportunidades profissionais, além de menos chances de passar por ridículos cotidianos.
Hoje, 15 quilos a menos depois, percebo que o que consegui, além de tudo aquilo que almejava, é o que realmente faz a mim e a todos que emagrecem mais felizes. Não é a saúde, a estética, a sensação deleveza. Não. É algo que vem com isso e está, ao mesmo tempo, muito além. É algo mais profundo, que perpassa os anseios de todos os seres humanos e, por isso, provoca efeito tão forte.
Virei outra pessoa.
Todos precisam o tempo inteiro ser outra pessoa. Alguns fazem isso sendo gentis no trabalho e tiranos domésticos - ou vice-versa. Outros, optam por ter duas famílias, trair a mulher. Os mais convencionais satisfazem-se em tornarem-se cavaleiros medievais, em suas armaduras metalizadas de quatro (ou duas) rodas, no trânsito, gritando, fechando, xingando e até mesmo atirando nos outros.
Mas ao me olhar no espelho hoje, enquanto escolhia uma roupa quatro númerosmenor do que eu usava há apenas três meses, percebi que é possível obter a mesma satisfação - a da transformação, apenas emagrecendo. E é disso, creio, que todos, mesmo sem saber, mais gostam ao emagrecer. Tornar-se outro. Olhar no espelho e não reconhecer seu rosto. Perceber-se mais jovem. Ver as roupas antigas deixarem de servir. Ver algumas mais novas, que dois meses antes você comprou pensando "será que vai caber algum dia?" irem junto pro passado, com a arroba que se foi.
Há várias formas de ser outro. Emagrecer, no início, parece difícil. Mas o prazer de ser outro vale todo o esforço. Só temo que, depois de atingida a meta final do meu emagrecimento (que não colocarei aqui, para poder mentir que era outra inferior a ela, caso não a alcance), eu queira virar outro de novo. Desta vez, engordando. Enfim, são os riscos da vida.
Até.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vale um conto?

Hoje escrevi um conto. Não mais um dos meus contos, mas um conto do qual gostei. É verdade que os meus "outros contos" são poucos, até porque, como deles não gostava muito, nunca dei seguimento. Esse que erscrevi hoje gostei. Uma idéia que há um tempo maturava. Conto curto, sem pretensões, mas com sua originalidade. Pretendo publicá-lo aqui, por partes. Primeiro, dependo da aprovação de algumas pessoas da minha mais alta estima. O filho se mostra primeiro à família... Farei os ajustes necessários e colocarei aqui.
Não sei de quem é a frase, me escapa agora, mas, pela primeira vez, compreendo o seu significado. Ela diz algo assim: Todo escritor só publica suas obras para se livrar delas. Não fosse assim, as revisaria e teria algo a melhorar sempre.
Ainda vou revisar e melhorar alguns pontos...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Virose

É a nova solução universal dos médicos para todos os problemas.... Virose. Antes, tempos idos, eramos examinados, fazíamos testes. Afinal, febre, dor de garganta, podem ser sintomas de muitas e muitas coisas. Mas os médicos têm uma solução mais prática:
Virose.
Hoje, doente, fui a um médico. Estava com um mal estar terrível, que já me acompanha, em um crescendo gradual, há alguns dias. Hoje se avolumou e se fez presente em forma de doença. Fiquei prostrado. Eis que fui ao médico. Relatei meus sintomas. Disse há quanto tempo me sentia assim. Que hoje estava pior um pouco e com sensação de que poderia piorar mais. Ele me passou apenas um remédio para a garganta. Um remédio desses gerais para gripes mais fortes e foi taxativo no porquê da prescrição:
"É virose. Tá atacando todo mundo. Descanse uns dois dias e fica bom. Qualquer coisa, volte."
Que tal?
C´est quand même un pêut fort, ahn?... como diriam os franceses.....
Salut

Vou descansar e torcer que a virose passe, como vento....